MARIZETE SANTOS
( BRASIL - RIO GRANDE DO NORTE )
Mamãe ... na formação deste poema, ocorreu-me a lembrança de uma eterna afeição, encaixei aí algumas rimas, nas quais traduzi meus sentimentos.
Ofereço a ti, para confirmar a dedicação de todos os momentos.
NOVA POESIA BRASILEIRA. Capa: Christina Oiticica. Rio de Janeiro: Shogun Editora e Arte Ltda, 1986. 124 p. No. 10 856
Antologia cedida gentilmente pelo livreiro BRITO, de Brasília.
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
À MINHA MÃE
Quero beijar-te as faces,
Meu beijo é meigo e profundo.
Tens um suave encanto,
A melhor mãe do mundo!
Quero beijar-te as mãos enrugadas,
Porém, macias,
Como as asas das falenas.
Hoje, ao completares
Teus setenta anos.
Eu não digo a ninguém,
Fica em segredo:
— Sinto em ti uma ânsia,
Um desejo, ou quem sabe,
Talvez um medo.
Não temas, mamãe,
Não te preocupes,
Tens um predicado santo.
Viveste regando a nossa vida,
Num doce riso.
Afugentando prantos.
A ti, nós todos recorremos,
Num momento de dúvida,
De angústia ou de tormento.
E sempre foste
Uma suave conselheira,
Mostrando-nos o teu exemplo.
Se te ofendi, perdoa!
Foi sem querer.
O meu maior desejo,
No vasto mar da vida, em que habito,
*
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Página publicada em julho de 2025.
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